segunda-feira, 2 de junho de 2008

The question is: who cares?


O TDAH atinge todos os aspectos da vida de uma pessoa: -pessoal: sentimentos de frustração e baixa auto-estima em função das dificuldades encontradas para desempenhar corretamente as mais diversas atividades podem levar a problemas psicológicos e de comportamento; -escolar: dificuldades de aprendizagem, levando a baixo rendimento escolar, repetência e abandono dos estudos; -social: problemas de relacionamento devido às características próprias do quadro, como falta de atenção nas pequenas coisas que fazem parte de uma relação equilibrada; falta de "desconfiômetro" no trato com as pessoas, sempre falando muito ou interrompendo e se metendo; incapacidade de acompanhar a norma dos grupos; etc. -afetivo: uma extensão dos problemas acima, pelos mesmos motivos; -profissional: a falta de organização, a dificuldade em manter o nível de atenção e a persistência no trabalho, a inquietação e a freqüente busca de estímulos variados fazem com que a maioria dos adultos com TDAH não consigam alcançar boa posição profissional ou status compatível com sua educação familiar ou capacidade intelectual.

O TDAH desaparece com a idade?

Não. Por tratar-se de um distúrbio neurobiológico, o TDAH não desaparece com a idade. O que pode acontecer é uma modificação dos sintomas, dependendo da evolução da criança, tanto na parte física como psicológica, afetiva, pedagógica e social. Por exemplo, a hiperatividade, tão explícita na criança, aparece no adulto como forma de inquietação interna, um desejo constante de mudanças ou de estímulos cada vez maiores. O desejo de mudanças pode fazer com que mude freqüentemente de emprego, assim com a busca de estímulos fortes pode levá-lo à prática de esportes radicais. A pessoa com TDAH precisa aprender a conviver com o TDAH, fazendo as acomodações necessárias ao longo da vida. Por isso a grande importância de um diagnóstico correto precoce, que possibilite à criança ter um atendimento adequado o mais cedo possível.

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